PERPETRAÇÕES E IMPLICAÇÕES NA “ZONA CINZENTA"

um balanço do “giro ao perpetrador”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v13i2.4471

Resumo

O objetivo do artigo é apresentar algumas das questões candentes relativas ao chamado “giro ao perpetrador”. Trata-se de uma área de pesquisa emergente que pode ser sintetizada em dois aspectos. O primeiro refere-se aos muitos modos pelos quais os perpetradores (entendidos sob uma acepção ampla) podem ser representados, especialmente no cinema documental. O segundo concerne à exploração das “zonas cinzentas” nos termos de Primo Levi (2004) e daquilo que Michael Rothberg (2019) denominou “implicação”. Por fim, embora esses agentes da violência sejam comumente caracterizados como monstros afastados, sugerimos que essa acepção serve mais à encarnação do mal em “grandes vilões” do que uma postura crítica e autocrítica por parte das sociedades.

Biografia do Autor

Samuel Torres Bueno, UFMG

Licenciado em História pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestre em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Doutorando em História pelo Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com auxílio financeiro da CAPES. Possui investigações prioritárias nos seguintes temas: diálogos entre história e cinema (com ênfase no gênero documental); justiça de transição; história do tempo presente; representação de perpetradores de direitos humanos e memórias das ditaduras de segurança nacional no Cone Sul. Adicionalmente, se interessa por temáticas como o estudo das direitas e da história dos intelectuais. Membro da Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC).

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Publicado

2024-12-23