TEMPO E ARTISTA: A RESISTÊNCIA À DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA NA VIDA E NA OBRA DO CINEASTA HELVÉCIO RATTON

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DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v10i2.3473

Resumo

Este estudo tem como objeto de análise a resistência à ditadura civil-militar brasileira (1964-1985) na vida e obra de Helvécio Ratton. Para tanto, parte-se da compreensão de que o conceito de resistência se relaciona ao conjunto de atos de recusa ao poder instituído, de modo que, nesse sentido, a atuação dos grupos guerrilheiros também se enquadraria no conceito de resistência. Partindo desse pressuposto, segue-se a tessitura da vida política do cineasta desde seu ingresso em sua primeira organização, a POLOP, até a sua participação efetiva em grupos guerrilheiros, como a VAR-PALMARES, e seu posterior exílio no Chile. A partir da apresentação das vivências de Ratton, foi possível perceber que a construção do filme Batismo de Sangue ocorreu sob um lócus enunciativo próprio de seu diretor e do momento histórico em que o filme foi feito – produzindo um discurso histórico singular e que colocou em foco a resistência dos dominicanos perante a ditadura civil-militar, bem como as violências sofridas por Frei Tito.

Biografia do Autor

Júlia Guimarães, Mestranda na Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda da Linha História, Poder e Liberdade no Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGD-UFMG), Pesquisadora Bolsista (CAPES), Pesquisadora Associada ao Centro de Estudos sobre Justiça de Transição na Universidade Federal de Minas Gerais (CJT-UFMG) e Pesquisadora no Grupo de Pesquisa CONAPRES – Constitucionalismo e Aprendizagem Social.

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Publicado

2022-01-03