EDUCAÇÃO FEMININA: O Projeto Político do Estado Novo Português pelas Lentes das Revistas Modas e Bordados e Eva (1930-1945)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v13i1.4360

Resumo

O presente artigo analisa como o projeto educativo do regime salazarista foi apresentado e representado nas revistas - Modas e Bordados - Vida Feminina e Eva - Jornal da Mulher e do Lar - que focavam no público feminino e amplia o debate sobre os espaços destinados às mulheres e suas funções sociais a partir da cultura política autoritária que Portugal vivia. A análise das fontes considera o período imediatamente anterior à instauração do Estado Novo - desde o começo da década de 1930 - e até ao final da Segunda Guerra Mundial por considerar este o momento em que as bases do regime foram moldadas. Adicionalmente, proporciona uma compreensão abrangente das experiências femininas, suas resistências ou adesões às ideologias impostas, e a complexidade das relações de gênero sob o jugo autoritário.

Biografia do Autor

Elisa Fauth, Centro de História da Universidade de Lisboa

Elisa Fauth é doutoranda no Programa Interuniversitário de Doutoramento em História - PIUDHist - ligada ao Centro de História da Universidade de Lisboa, onde desenvolve a tese de doutoramento "Entre o controle e a subversão: As mulheres nos regimes autoritários em Portugal e no Brasil (1930-45)". É membra do Grupo de Investigação "Usos do Passado", ligado ao CH-ULisboa e secretária da Rede de Investigação Direitas, História e Memória (DHM). Mestra em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2017) com o trabalho intitulado "VESTINDO CORPOS, TECENDO FEMININOS: Gênero e construção de feminilidades em colunas de moda da imprensa porto alegrense (1960-1970)". Pesquisa temas ligados à história das mulheres, género e corpo em períodos autoritários. Possui graduação em História (2014) também pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2014). Foi bolseira de Iniciação Científica, vinculada aos Projectos de Pesquisa: "Medicina e Missão na América Meridional: epidemias, saberes e práticas de cura (séculos XVII e XVIII)"; e "A ciência por escrito, ideias em movimento: um estudo de obras e de trajetórias de naturalistas e de médicos (América meridional, séculos XVIII, XIX e XX)", durante os anos de 2011 a 2014.

Vitória de Almeida Machado, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mestra pelo Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com bolsa CAPES. Graduada em História pela Faculdade Porto-Alegrense. Estudante pesquisadora do Grupo de Pesquisa (CNPq) "Direitas, História e Memória" (UFJF/UFF). Investigadora Associada da Rede "Direitas, História e Memória". Possui experiência nas áreas de História Contemporânea e História do Brasil República, dedicando-se principalmente a estudos sobre fascismo, autoritarismo, corporativismo, história das mulheres e imprensa. As pesquisas recentes concentram-se em questões relacionadas à História da América Latina e Europa, a partir de um viés transnacional e comparado, notadamente sobre a atuação de mulheres fascistas na década de 1930.

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Publicado

2024-08-22