PRIMITIVE FUTURE: METAL, TEMPO E NEOLIBERALISMO NA PRODUÇÃO MUSICAL DO SEPULTURA (1989)

Autores

  • Thales Reis Alecrim Universidade Estadual Paulista (UNESP)

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v12i2.3783

Resumo

“Primitive Future”, última faixa do disco Beneath the Remains (Roadrunner Records, 1989) da banda brasileira, Sepultura, marcou a consolidação da circulação global do conjunto e o início do seu sucesso comercial. Contudo, também levanta questionamentos acerca das percepções histórico-temporais do período. Musicalmente, a canção está focada no pulso e nos motivos horizontais (riffs) que são desenvolvidos em andamento acelerado. Além disso, não apresenta um centro tonal definido, criando, assim, uma atmosfera tensionada por meio de intervalos de segunda menor e quarta aumentada. O mesmo ocorre com a lírica que descreve um futuro pós-apocalíptico. Logo, indaga-se aqui quais condições históricas permitiram a produção e a circulação global de uma canção pessimista em relação ao futuro. Examina-se, especialmente, tanto a ascensão do neoliberalismo como do presentismo, consequentemente, também analisa-se a constituição do realismo capitalista e o desempenho enquanto imperativo social em um contexto globalizado.

Biografia do Autor

Thales Reis Alecrim, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Thales Reis Alecrim: Investigador doutorando em Estudos de Cultura na Universidade Católica Portuguesa (UCP) com financiamento da Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT). Doutorando em História e Cultura Social pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista (UNESP). Mestre em História e Cultura Social pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista (UNESP). E-mail: thales.alecrim@gmail.com.

Publicado

2023-12-21