Memória, história e relações de poder * Memory, history and power relations

Autores

  • Sonale Diane Pastro de Oliveira Universidade Federal do ABC - UFABC
  • Maria Gabriela Marinho Universidade Federal do ABC - UFABC

DOI:

https://doi.org/10.18223/hiscult.v4i3.1507

Resumo

Superado o regime militar, o Brasil tornou-se signatário de acordos internacionais de defesa e promoção dos direitos humanos. Apesar disso, até recentemente, o país negligenciou princípios e fundamentos da justiça de transição previstos pelo Sistema Interamericano de Direitos Humanos, entre eles, o direito à verdade, fato que o coloca à margem daquele Sistema. O artigo pontua aspectos políticos da transição-redemocratização política que podem explicar o adiamento da instalação da Comissão Nacional da Verdade no país, criada somente em 2011, e acentua também o caráter contraditório do processo. Especificamente, a análise assinala o fato de que ao transitar da memória para a história, como pretensamente fazem as comissões da verdade, os indivíduos que se aventuram no registro histórico estarão manejando e interferindo na memória coletiva, na percepção e na identidade da qual fazem parte, o que transforma memória em poder.  

 

 

 

Biografia do Autor

Sonale Diane Pastro de Oliveira, Universidade Federal do ABC - UFABC

Mestra em Ciências Humanas e Sociais - Doutoranda - Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais - Universidade Federal do ABC, campus de Santo André. Santo André, SP - Brasil. Bolsista Capes.

Linha de Pesquisa: Cultura, Comunicação e Dinâmica Social

Maria Gabriela Marinho, Universidade Federal do ABC - UFABC

Doutora em História Social - Universidade de São Paulo - Docente - Universidade Federal do ABC (UFABC), campus Santo André. Santo André, São Paulo - Brasil - Pesquisadora associada ao Museu Histórico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Museu Histórico FM-USP); Coordenadora da Coleção "Medicina, Saúde e História".  

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Publicado

2015-12-16