A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS DE SUSTENTABILIDADE PARA COMPREENDER A MAIOR CATÁSTROFE DA HISTÓRIA DA MINERAÇÃO BRASILEIRA
Résumé
No dia 05 de novembro de 2015 o Brasil vivenciou o que autoridades brasileiras e internacionais chamaram de maior desastre mundial no setor de mineração. O desastre socioambiental teve dimensões catastróficas, incluindo a perda de 19 vidas, a destruição das comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, além de afetar outras cidades ao longo do curso do Rio Doce em função da lama dos rejeitos. É importante destacar que no ano anterior (2014) a empresa SAMARCO reorganizou todo seu modelo de gestão visando cumprir uma agenda de dobrar o tamanho da empresa, projeto esse intitulado de Visão 2022. O plano vinha sendo executado, o negócio sendo reformulado e estratégias novas de sustentabilidade adotadas para enfrentar o futuro promissor. Entretanto, no findar de 2015 houve o rompimento da barragem e a empresa teve que novamente se reestruturar, mas dessa vez para gerenciar os impactos, buscar a confiança da sociedade brasileira, remodelar seu modelo operacional reparar os danos sociais e ambientais, repensar nas estratégias de saúde e segurança e além de tudo obter a licença social para voltar a operar. Nesse artigo, abordaremos de forma analítica as ferramentas utilizadas no sistema de gestão da gigante do setor de mineração, destacando as principais metodologias adotadas, metodologias essas que a consagraram como benchmark no setor. Não pretendemos aqui realizar uma avaliação dos relatórios de sustentabilidade, mas sim analisar o nível de detalhamento dos dados, a forma da escolha dos Stakeholders para compor a matriz de materialidade e principalmente as ações frente ao episódio do desastre socioambiental.
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