UMA PROPOSTA E OUTROS OLHARES: UM ESTUDO DO PROGRAMA ESCOLA DA FAMÍLIA

Autores

  • Marina Novaes SENNE Faculdade de História, Direito e Serviço Social
  • Célia Maria DAVID Faculdade de História, Direito e Serviço Social

Palavras-chave:

Educação – Políticas Públicas, Estado, Escola, Programa Escola da Família, Idéias 32.

Resumo

O presente artigo pretende compreender o discurso central do Programa Escola da Família. Nosso principal foco de investigação busca elucidar o desenvolvimento desse Programa, se ele pode ser visto como uma ação transformadora ou como medida para remediar os problemas vigentes na rede pública escolar. Para tanto, foi primordial refletirmos sobre o contexto político contemporâneo, a saber, tipicamente neoliberal e preocupado com intervenções assistencialistas e focalizadas. O Escola da Família carrega esse discurso neoliberal cuja bandeira é o Estado Mínimo, o voluntariado e a associação público-privada. Isso ficou evidente a partir da análise feita dos documentos oficiais publicados pelo Governo de São Paulo, sobretudo no livro Escola da Família: fundação para o desenvolvimento da Educação (Idéias 32). É relevante destacar, que, mesmo assistencialista, o Escola da Família representa, para muitas famílias carentes, a única possibilidade de lazer. Sendo assim, essa é uma política que não deve acabar, porém, deve ser concomitante a uma ação política processual e preocupada prioritariamente com a função da escola ligada ao saber sistematizado.

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Publicado

2009-11-21

Edição

Seção

Artigo Original