“FUI PARA O BURACO COM MEU FILHO”: RELAÇÕES FAMILIARES E DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Autores

  • Giselle Morais Lima Bakargi
  • Nayara Hakime Dutra Oliveira

Palavras-chave:

Famílias, Dependência Química, Serviço Social.

Resumo

A pesquisa intitulada “Fui para o buraco com meu filho”, foi construída a
partir do olhar do Serviço Social na saúde mental entendendo a necessidade extrema de capacitação profissional no desvelar da dependência química mediante contexto familiar. Considerando o trabalho realizado com as famílias na Comunidade Terapêutica pesquisada, houve o interesse em compreender a pertinência deste para as famílias. Objetivou-se então compreender a visão de profissionais, atuantes com as famílias dos toxicômanos, quais os impactos da dependência química nessas relações e verificar se, para as famílias, as reuniões do grupo de apoio são profícuas. Para isso fez-se o levantamento documental na
instituição com a intenção de conhecer o perfil da demanda, e posteriormente para execução da pesquisa de campo, optou-se por duas vertentes: a primeira composta por entrevista semiestruturada realizada com uma psicóloga e uma assistente social da instituição, e a segunda através da participação indireta no grupo de apoio às famílias. Dentre outros resultados pode-se destacar a necessidade de uma intervenção precoce, ponto levantado pela assistente social entrevistada, e de acordo com a psicóloga a drogadição apesar de ser aparentemente responsável pelos conflitos é apenas o estopim de relações já fragilizadas. As famílias apresentaram necessidade do conhecimento, e destacaram os resultados positivos dessa participação, tanto no trato do dependente químico, quanto para melhora de sua própria saúde. Nota-se através dos dados levantados a importância da prevenção, do incentivo a educação e a relevância da compreensão dos aspectos do uso abusivo de
substâncias psicoativas para uma intervenção profissional eficaz.

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Publicado

2018-05-07

Edição

Seção

Artigos