A CONÇEPÇÃO DE FAMILIA QUE ORIENTA A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL

Autores

  • Helena Paiva Silvério

Palavras-chave:

Famílias. Serviço Social e Políticas Sociais.

Resumo

Esse trabalho é resultado de uma pesquisa desenvolvida com assistentes
sociais que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de cidades do Vale do Paraíba. Objetivou-se conhecer a concepção de família que orienta a intervenção profissional do assistente social e o trabalho que realizam junto às famílias neste espaço socioocupacional. Trata-se de um tema de extrema importância, visto que nos últimos anos a família tornou-se centralidade no âmbito das políticas públicas, em especial na assistência
e na saúde. Para o seu desenvolvimento, utilizou-se a abordagem da pesquisa qualitativa com emprego da entrevista semi-estruturada. Concepções distintas de famílias foram mencionadas pelos profissionais como famílias tradicionais, monoparentais, recompostas, famílias formadas por laços de afeto e amizade. Em seus depoimentos constatou-se que as concepções de famílias correspondem aos conceitos estabelecidos nas legislações e políticas, no entanto, permanecem valores conservadores e que os profissionais esperam
das famílias padrões de funcionalidade presentes no modelo da família nuclear burguesa. Em relação ao trabalho desenvolvido pelas assistentes sociais junto às famílias verificase que ações de cunho socioeducativo são predominantes, mas visam principalmente o cumprimento das condicionalidades dos programas sociais em que as famílias estão inseridas e não numa perspectiva crítica de reflexão e problematização de suas condições de vida. Entende-se que em se tratando de famílias é preciso ter cuidado para não cobrar algo que elas não podem oferecer e que se torna imperativo ao profissional trabalhar com a diversidade de relações existentes na sociedade.

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Publicado

2018-05-05

Edição

Seção

Artigos